Casas eficientes: aquecer o lar com bombas de calor é a “chave”

Número de bombas de calor instaladas deverá chegar aos 600 milhões em 2030, para alcançar emissões zero até 2050.
23 dez 2021 min de leitura

eficiência energética está no topo das prioridades a nível global. E a Comissão Europeia (CE) está mesmo empenhada em reduzir a pobreza energética no espaço europeu, tendo, para isso, revisto um conjunto de medidas no âmbito do “Fit for 55” e delineado novos padrões mínimos de desempenho energético dos edifícios que deverão ser atingidos até 2030. Apostar na renovação das casas e investir em sistemas de aquecimento mais amigos do ambiente é o caminho. E uma das “tecnologias chave” nesta mudança são mesmo as bombas de calor, destaca a Agência Internacional de Energia (AIE).
 

O inverno já chegou e o frio faz-se sentir um pouco por toda a Europa. Na tentativa de aquecer os lares, os gastos com a luz e o gás disparam. Mas existem formas de aquecer a casa de forma eficaz sem gastar muita energia. “Há equipamentos elétricos muito mais eficientes do que os seus equivalentes movidos diretamente a combustíveis fósseis, como as bombas de calor elétricas, por exemplo, que conseguem ser três a quatro vezes mais eficientes do que queimar combustíveis fósseis", lê-se no relatório “Energy Efficiency 2021” da AIE.
 

“As bombas de calor são uma tecnologia chave para aumentar a eficiência e eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis para aquecimento de ambientes e outros usos finais”, reconhece a entidade. A verdade é que o uso de bombas de calor tem vindo a crescer – nos últimos cinco anos aumentou em concreto 10% por ano. Em 2020, contabilizavam-se 180 milhões de bombas de calor em utilização. Para cumprir os objetivos da CE de alcançar emissões zero até 2050, o número bombas de calor instaladas deverão chegar a 600 milhões em 2030.

 

Bombas de calor ao rubro na Europa

Só em 2019, quase 20 milhões de agregados familiares compraram bombas de calor. E a procura está concentrada sobretudo na Europa, América do Norte e regiões mais frias da Ásia. No espaço europeu, a venda de bombas de calor aumentou cerca de 7%, para 1,7 milhões de unidades em 2020, refere o estudo da AIE. Agora, existem 41,9 milhões de bombas de calor instaladas por toda a europa, refere a edição de 2021 do EurObserv’ER Heat Pump Barometer publicada esta semana.
 

Em Portugal, o número de bombas de calor operacionais alcançou as 1.938.796 unidades em 2020, sendo a sua maioria sistemas a aerotermia. Este número faz de Portugal o quinto da Europa com mais bombas de calor instaladas, lê-se no barómetro. O país luso é só superado pela Itália (1º), França (2º), Espanha (3º) e Suécia (4º) nesta matéria.
 

Na Alemanha – que está em 6º lugar nesta tabela -, as bombas de calor tornaram-se mesmo na “tecnologia de aquecimento mais comum em sistemas recém-construídos casas” ultrapassando o gás, refere o documento da AIE.

 

Mais medidas para instalar bombas de calor

 

Embora haja cada vez mais bombas de calor instaladas na Europa e haja vários apoios em curso para a sua instalação – como o Programa Edifício + Eficientes em Portugal -, as bombas de calor correspondem apenas a 7% da procura global de aquecimento de edifícios.
 

“Para aumentar a adoção de bombas de calor, as políticas deveriam encorajar a disponibilidade de produtos de qualidade e apoiar a capacidade de mão de obra qualificada para instalar estes sistemas”, refere a AIE no documento
 

Além disso, “melhorar a eficiência energética das fachadas dos edifícios [com isolamentos, por exemplo] também é um fator importante a considerar ao lado da instalação da bomba de calor para garantir que os sistemas sejam eficazes no aquecimento das residências”, dizem ainda.

Fonte: Idealista News

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