Casas frescas e conta da luz baixa? Novo material é revolucionário

Cientistas desenvolveram nova madeira de espuma para ser usada no revestimento de telhados e paredes.
14 jun 2022 min de leitura

O calor ainda só agora começou. O verão está a chegar e as temperaturas altas ameaçam o conforto em casa. Com o alto preço da energia elétrica, o ar condicionado é uma opção insustentável e perigosa, para a carteira, devido ao elevado custo para manter tal aparelho em constante funcionamento. Além das técnicas para manter a casa fresca, há um novo material, pouco conhecido, que pode ajudar a poupar na conta da luz e a refrescar a casa: a espuma de madeira.

Cientistas da Universidade de Göttingen e da Universidade Florestal de Nanjing projetaram uma espuma leve feita de nanocristais de celulose à base de madeira que reflete a luz solar, emite calor absorvido e funciona como isolante térmico. A equipa por trás deste projeto sugere que este material inovador pode reduzir as necessidades de energia para resfriar edifícios em mais de um terço.

Embora já existam materiais isolantes no mercado, alguns liberam passivamente o calor absorvido e permitem que uma grande quantidade de calor passe para os edifícios sob o sol direto do meio-dia nos meses de verão. Por outro lado, outro isolamento que reflete a luz solar não funciona bem num clima quente, húmido ou nublado. Portanto, os cientistas queriam desenvolver um material robusto que pudesse refletir a luz, liberar passivamente o calor e impedir a passagem do calor em diferentes condições atmosféricas, independentemente do tipo de clima.

Novos materiais de construção: mais amigos do ambiente e da carteira

Andar pela casa com uma ventoinha na mão não é vida para ninguém. Ter um espaço fresco e confortável, para trabalhar ou descansar, e sem gastar uma fortuna em energia, é cada vez mais um objetivo geral. E os cientistas dizem que a nova espuma pode abrir caminho para materiais de regulação térmica que não são apenas ecologicamente corretos, mas também reduzem o custo da energia usada para resfriamento.

Para gerar esse material refrigerante, os pesquisadores juntaram nanocristais de celulose com uma ponte de silano, antes de congelar e liofilizar (um processo de desidratação química) o material sob vácuo. Esse processo alinhou verticalmente os nanocristais, criando uma espuma branca e leve que refletia 96% da luz visível e emitia 92% da radiação infravermelha absorvida.

Para testar o seu desempenho, a espuma de madeira foi colocada numa caixa forrada com papel alumínio ao ar livre durante o meio-dia. O material conseguiu manter o interior da caixa 9,2 graus mais frio que o ar externo. Mesmo com tempo chuvoso, manteve o interior 7,4 graus mais frio. Os pesquisadores estimam que, se aplicado para revestir o telhado e as paredes de um edifício, poderia reduzir as necessidades de energia de arrefecimento numa média de 35%.

Os cientistas acharam curioso que o poder de arrefecimento da espuma diminuísse se ela fosse comprimida. Isso pode parecer uma desvantagem no início, mas a equipa sugeriu que comprimir a espuma pode ser uma maneira útil de ajustar a quantidade de arrefecimento com base no clima ou no ambiente.

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