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Corrida à compra de casas gerou recorde de mil milhões de euros em IMT
O número de casas transacionadas tem vindo a aumentar e, consequentemente, aumenta também o valor dos impostos associados. Exemplo disso é o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) que bateu máximos dos últimos 23 anos. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano...
15 mai 2019
min de leitura
No ano passado foram transacionadas 178.691 habitações, um número que disparou 16,6% face ao ano anterior. Em valor, foram investidos 24,1 mil milhões de euros, uma subida de 10% num ano, e o equivalente a um valor médio de 134 mil euros por imóvel.
Dessas transações, os investidores internacionais adquiriram 13% das casas vendidas na zona de Lisboa, investindo 675,6 milhões de euros, um valor que compara com os 375 milhões de euros verificados em 2017. A liderar estiveram os franceses, com 18% do total de transações. E foram mesmo os estrangeiros os principais responsáveis pelo aumento do boom que já se sentia, ao trazerem nos bolsos montantes bastante elevados para investir.
Estes números vêm comprovar (ainda mais) o momento positivo que o mercado imobiliário atravessa, no qual aumentam as vendas de casas e, claro, os valores das transações. Consequentemente, aumentam também os impostos associados a estes imóveis, como é o caso do IMT e do IMI. No ano passado, o Estado recebeu 998,4 milhões de euros em IMT, mais 20,2% do que no ano anterior. Recorde-se que este imposto é calculado a partir do valor da escritura ou do Valor Patrimonial Tributário (VPT).
Este valor é um máximo desde, pelo menos, 1995, ano em que começa a série do INE. E tem vindo a aumentar desde 2007, ano de crise económica, em que se fixou nos 972,7 milhões de euros, como se pode observar no gráfico seguinte.
O mesmo desempenho verifica-se com o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que tocou máximos de oito anos. No ano passado, os cidadãos com imóveis no país pagaram 784,9 milhões de euros desta taxa, mais 6,2% do que no ano anterior. Este foi o valor mais alto desde 2010, ano em que se registaram 831,8 milhões de euros, e também reflete o dinamismo do mercado imobiliário nacional. O imposto é calculado através do Valor Patrimonial Tributário (VPT) do imóvel e de uma taxa fixada anualmente pelo município onde está localizado. Normalmente essa taxa fica entre os 0,3% e os 0,45%.
No ano passado, a carga fiscal disparou à boleia de um aumento de receita de quase todos os impostos. Portugal continua abaixo da média da União Europeia, mas o peso dos impostos indiretos continua a ser muito superior ao registado entre os países europeus.
Fonte: Eco.pt
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