Crédito habitação: juros descem pelo 2.º mês seguido para 4,613%

Juros descem há 5 meses nos empréstimos da casa mais recentes, tendo-se fixado em 4% no mês de março, diz INE.
22 abr 2024 min de leitura

A contratação de créditos habitação a taxas mistas mais baixas e as ligeiras descidas da Euribor que se sentiram nos últimos meses já estão a mexer com o mercado hipotecário português. Isto porque a taxa de juro desceu pelo segundo mês consecutivo para 4,613% em março no que diz respeito à totalidade de empréstimos da casa existentes no país, segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Nos créditos habitação mais recentes, este impacto é ainda maior, uma vez que os juros já descem há cinco meses, tendo-se fixado em 4% no mês passado.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu pelo segundo mês consecutivo, para 4,613% em março de 2024, traduzindo uma descida de 2,8 pontos base (p.b.) face a fevereiro de 2024 (4,641%)”, destaca o INE no boletim publicado esta sexta-feira, dia 19 de abril. Para o destino de financiamento aquisição de habitação - o “mais relevante” no conjunto do crédito habitação, segundo o instituto -, a taxa de juro implícita para o total dos contratos também desceu pelo segundo mês, para 4,578% em março (-2,8 p.b. face a fevereiro).

Este pequeno recuo dos juros no total de créditos habitação existentes em Portugal pode ser explicado pelas ligeiras quedas das taxas Euribor sentidas no final de 2023 e início deste ano. E também pela maior contratação empréstimos a taxas mistas com juros mais baixos, pelo menos, no início do contrato.

Ainda assim, esta ligeira descida dos juros em março teve um impacto nulo na prestação da casa. Considerando a totalidade dos créditos habitação existentes no país, o valor médio da prestação da casa fixou-se em 403 euros mensais, um valor idêntico ao registado no mês anterior (-0,2%). Olhando à lupa para a prestação da casa, os juros continuam a ter maior peso em março de 2024:

  • Pagamento de juros: 247 euros (61% do total);
  • Capital amortizado: 156 euros (39%).

Recorde-se que, em março de 2023, a prestação da casa foi de 331 euros mensais (em média). Isto quer dizer que agora a prestação é ainda 21,8% superior à registada há um ano, traduzindo-se no pagamento de mais 72 euros. Na altura, os juros pesavam bem menos no valor médio da prestação – apenas 45%.

O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos habitação aumentou 233 euros, para 65.391 euros em março deste ano.

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Novos créditos habitação: juros descem pelo 5º mês e ficam em 4%

No que diz respeito aos créditos habitação celebrados nos últimos três meses, o INE revela que “a taxa de juro desceu pelo quinto mês, passando de 4,197% em fevereiro para 4,000% em março”. E também para o para o destino de aquisição de habitação, os juros registaram a quinta redução consecutiva, fixando-se em 3,983% (-19,9 p.b. face ao mês anterior).

Em resultado desta maior redução dos juros nos novos contratos, a prestação da casa média desceu 9 euros face ao mês anterior, para 619 euros em março de 2024. Ainda assim, a prestação da casa continua a ser 7,5% superior à registada há um ano.

Ao que tudo indica, os recentes alívios da Euribor e as taxas mistas mais acessíveis têm tido um impacto mais imediato nos juros e prestações dos novos créditos habitação em Portugal. E poderá estar a incentivar a contratação de créditos de maior valor. Isto porque, “para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 125.354 euros, mais 1.138 euros que em fevereiro”, destaca o INE.



Fonte: Idealista News
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