Crédito habitação: o que é e como se calcula a taxa de esforço?

Com os recentes aumentos das prestações da casa, fala-se muito em taxa de esforço. Explicamos a importância deste conceito.
18 out 2022 min de leitura

Com a inflação em alta, juros e prestações da casa a subir, a perda de poder de compra é uma realidade. E nas famílias em que o rendimento é relativamente baixo ou com uma taxa de esforço elevada, o aumento do custo de vida já está a pressionar os orçamentos, e a provocar uma subida do sobreendividamento. Daí que seja tão importante conhecer a taxa de esforço antes de tomar decisões, para evitar cenários de incumprimento e maiores dificuldades financeiras. No artigo da Deco Alerta desta semana, explicamos tudo sobre este assunto. Toma nota. 

A rubrica semanal Deco Alerta é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news e destina-se a todos os consumidores em Portugal.

Neste tempo de crise, sobretudo com os recentes aumentos da prestação do crédito habitação, fala-se muito em taxa de esforço. Tenho inclusivamente ouvido a Deco referir que todas as famílias devem conhecer a sua taxa de esforço. Porém, não consegui, ainda, perceber claramente este conceito. De que se trata e o significa no nosso quotidiano?

Como bem referes, todos nós devemos conhecer a nossa taxa de esforço e, para tal, temos de entender bem o que é essa taxa.

taxa de esforço é uma medida de análise do risco de crédito que relaciona o valor das prestações bancárias (prestação do crédito habitação, crédito automóvel; cartões de crédito; crédito pessoal) com os rendimentos do agregado familiar.

Esta taxa, grosso modo, é o rendimento que o consumidor (ou a família) tem disponível para fazer face às despesas do dia a dia (por exemplo: alimentação, transportes e combustível, educação e lazer) após o pagamento das obrigações mensais com créditos previamente contraídos.

 A taxa de esforço calcula-se segundo a fórmula:

  • Taxa de esforço = (Encargos financeiros mensais / Rendimento) x 100

Quanto maior for a taxa de esforço, maior o risco de surgirem dificuldades financeiras em situação de imprevisto, como uma situação de desemprego, doença ou divórcio. Sabias que a tua taxa de esforço não deve ser superior a 35%?

Os dados divulgados muito recentemente pelo Gabinete de Proteção Financeira da Deco revelam que a taxa de esforço das famílias é de 78%. O rendimento médio das famílias que procuraram o apoio do GPF era de 1.100 euros com um total de prestações com créditos de 860 euros. Estes dois valores permitiram calcular esta taxa de esforço que ultrapassa em muito o limite máximo de 35%.

Fonte: Idealista News

Veja Também
Outras notícias que poderão interessar
Estamos disponíveis para o ajudar Pretendo ser contactado
Data
Hora
Nome
Contacto
Mensagem
captcha
Código
O que é a pesquisa responsável
Esta pesquisa permite obter resultados mais ajustados à sua disponibilidade financeira.