Empréstimos da casa estão mais baratos do que nunca – como conseguir um crédito à habitação

Hoje, as condições para aceder ao financiamento são mais vantajosas do que há 10 anos. Descobre porquê e o que tens de fazer para conseguir um crédito para comprar casa.
27 mai 2021 min de leitura

Os empréstimos da casa estão hoje mais baratos do que nunca. A taxa de juro implícita no conjunto de contratos de crédito à habitação tem evoluido em trajetória decrescente desde setembro de 2020 e em abril atingiu um novo mínimo: 0,826%. As condições parecem reunidas para avançar com a compra de uma casa. Mas que aspetos devemos ter em conta na hora de pedir um novo financiamento?
 

Antes de mais, vamos "viajar no tempo" com a ajuda dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta taxa de juro é hoje 0,121 pontos básicos (p.b.) inferior à apurada em abril do ano passado (0,947%) para a totalidade dos contratos celebrados. E é 0,247 pb menor do que em abril de 2019 (1,073%). Se olharmos para um horizonte de dez anos a diferença é ainda maior: em abril de 2011 a taxa de juro no conjunto de contratos de crédito à habitação estava nos 2,197% - um valor 1,371 pb superior à registada em abril deste ano. Foi em setembro de 2012 que a taxa desceu pela primeira vez abaixo dos 2%. Já a marca abaixo de 1% foi registada em fevereiro do ano passado.

A descida das taxas de juros também se verificou nos contratos celebrados nos últimos três meses, atingindo em abril os 0,655%, segundo o INE. No que diz respeito à aquisição de habitação – que é o destino de financiamento “mais relevante no conjunto do crédito à habitação” -, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 0,844%.

Este é, com certeza, um fator que pesa na hora de aceder a um crédito à habitação. Agora é preciso saber também quais são as ofertas que o mercado apresenta hoje, bem como tudo o que é necessário para avançar. Neste artigo apresentamos-te o processo passo a passo.

As ofertas atuais

Vamos assistindo à redução das taxas de juros dos créditos habitação tanta na oferta de taxa variável como na oferta de taxa fixa. Segundo o comparador de idealista/créditohabitação, atualmente encontramos empréstimos de taxa variável com spreads a partir de 0,95%, e de taxa fixa a partir de 1,40%, com bonificação (os mais comuns são a domiciliação de salário, contratação de seguro de vida ou multirriscos).

Estas condições mostram que os bancos estão em plena guerra comercial para captar novos clientes via crédito à habitação, o que se traduz numa vantagem para quem necessite financiamento para a compra de uma casa.

Adicionalmente, os especialistas esperam que estas condições de financiamento vantajosas se mantenham a curto-médio prazo, conduzindo a condições propícias para os compradores.
 

As chaves para ceder a uma hipoteca

 

O primeiro que devemos ter em consideração é que os bancos que mais financiam estão dispostos a emprestar até 90% do menor destes dois montante: o valor da avaliação do imóvel e o preço de compra do mesmo. Desta forma, é necessário ter poupanças suficientes para, pelo menos, cobrir os 10% restantes, sem esquecer os impostos e despesas da operação.
 

Contudo, a equipa do idealista/créditohabitação recorda que “pode haver outras soluções para empréstimos que não se enquadram nestes rácios e que existem produtos no mercado que nos ajudam no processo de troca de casa”.
 

Adicionalmente, para quem não tem poupanças suficientes pode procurar imóveis de bancos, sobre os quais é possível obter financiamento até 100% do valor de aquisição. Outra opção é adquirir imóveis em planta, pois é possível ir pagando mensalmente algum montante enquanto a casa está em construção, com a finalidade de conseguir o valor mínimo necessário para obter o empréstimo no momento de entrega das chaves.
 

Passos e conselhos na hora de pedir um crédito habitação

No mercado encontramos todo o tipo de ofertas, as quais se diferenciam por fatores como a percentagem de financiamento, o tipo de casa que se quer financiar, o tipo de taxa, o prazo do empréstimo, as comissões do empréstimo…” Por isso é muito importante analisar quais os bancos e produtos que se enquadram às nossas necessidades, esclarece Miguel Cabrita, responsável do idealista/créditohabitação em Portugal.
 

Para fazer uma análise do mercado pode-se utilizar comparadores online e é necessário ter atenção a todos esses fatores, principalmente nas questões mais básicas: a melhor taxa, o prazo do empréstimo e as comissões.
 

Uma vez identificadas várias ofertas que se ajustam ao nosso perfil, convém “pedir condições a diferentes entidades” nas quais se especifica, sempre de carácter orientativo, as condições financeiras do crédito habitação e as comissões a cargo do cliente. Se o solicitas, a entidade bancária é obrigada a entregar-te de forma gratuita uma FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia), cujo conteúdo é regulado pelo Banco de Portugal, recorda o intermediário de crédito do idealista. Em caso de dúvida, convém recorrer à ajuda de um intermediáro de crédito, que costumam ter acordo com a maioria dos bancos, conhecem o mercado e podem acelerar os procedimentos.
 

Depois de eleito o banco onde quer pedir o empréstimo, o cliente pode dirigir-se diretamente para apresentar toda a documentação (entre os documentos a aportar estão o documento de identificação, a última declaração fiscal e respetiva nota de liquidação, os três últimos recibos de vencimento e os extratos bancários. Se o cliente é trabalhador independente, a documentação pode variar). Consulta aqui todos os documentos.
 

Após a apresentação dos documentos, há que esperar a resposta do banco, isto é, se nos concedem ou recusam o empréstimo. Habitualmente pode decorrer cerca de uma semana, dependendo do banco.
 

“Com a avaliação, a entidade emitirá a FINE de aprovação, ou seja, a oferta definitiva. Trata-se de um documento que deve conter todas e cada uma das condições financeiras do contrato (montante, nº de prestações, comissões, prazos de revisão…) e terá uma validade de 30 dias, período durante o qual as condições estarão vigente, sendo que terás de respeitar o período mínimo de 7 dias para reflexão”, esclarecem desde o idealista/créditohabitação. Esta oferta evita desentendimentos das negociações verbais e em alguns casos leva ao pagamento de uma comissão (comissão de estudo), mesmo que o cliente desista do processo.
 

Quando for aceite a oferta, deve ter-se em consideração que, caso o imóvel que se vá adquirir tenha alguma hipoteca, é preciso fazer o pedido de distrate com um mínimo de 10 dias de antecedência. Outra questão a ter em conta é que em algumas zonas poderá existir direito de preferência, por exemplo da Câmara Municipal, o que também obriga a ter em conta os dias até obter a respetiva dispensa.

Fonte: Idealista News
 

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