Painéis solares: projetos de autoconsumo atraem portugueses

No início de março, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) tinha 890 pedidos de criação de projetos de autoconsumo coletivo, sendo que 480 estavam registados (com autorização para instalar painéis solares), 244 em análise, 144 a aguardar resposta dos promotores a pedidos de esclarecimento adicionais e 42 certificados. Trata-se de um aumento de 175% num espaço de oito meses: entre junho de 2023 e março de 2024.

“Estes valores comparam com os 645 pedidos registados até ao fim do primeiro semestre do ano passado, dos quais 258 registados, 289 em análise, 93 a aguardar informação e cinco certificados”, diz fonte oficial do Ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC), citada pelo Jornal de Negócios.

Segundo a mesma fonte, “esta evolução reflete a implementação da nova plataforma digital da DGEG, em setembro de 2023, que permitiu acelerar o licenciamento do autoconsumo coletivo e das comunidades de energia”. Quanto a prazos, o MAAC estima que “o processo demore cerca de dois meses, incluindo pelo menos duas interações com o operador da rede de distribuição”, a E-Redes, do grupo EDP. 

Apesar de já estar a funcionar, escreve a publicação, a plataforma ainda será alvo de melhorias até meados de 2024, sobretudo no que diz respeito ao interface com a E-Redes, o que permitirá à DGEG ter informação sobre a injeção de energia na rede por parte destes projetos. “A operacionalização da plataforma, com todas as suas funcionalidades, irá contribuir para a redução substancial do tempo de certificação”, adianta a mesma fonte.