Resgates de PPR para pagar a casa disparam - em 2024 ainda será possível?

Clientes podem, até final do ano, fazer resgates antecipados de PPR sem serem penalizados. Mas exceção pode "cair" em 2024.
08 nov 2023 min de leitura

Os reembolsos excecionais (sem penalização) de Planos-Poupança Reforma (PPR), nomeadamente para efeitos de amortização do crédito habitação ou para ajudar a pagar a prestação da casa ao banco dispararam, à boleia dos aumentos das taxas de juro. Para já, a regra está em vigor até final do ano. Para esta ajuda se manter no próximo, terá de haver uma alteração legislativa, que até ver não está prevista e/ou contemplada no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024). 

Segundo o Expresso, não havendo novas alterações legislativas, deixará de ser possível resgatar, sem penalização, os PPR. Isto porque o enquadramento legal que permite esta exceção termina a 31 de dezembro de 2023. 

A publicação escreve que o Ministério das Finanças não aponta para nenhuma norma específica do OE2024 que vise o prolongamento deste regime de exceção, não havendo também, até à data, qualquer proposta de legislação autónoma nesse sentido. 

De recordar que os clientes podem, desde outubro de 2022 e até final deste ano, resgatar o valor de PPR, de Planos Poupança-Educação (PPE) e de Planos Poupança-Reforma/Educação (PPR/E) sem dar qualquer explicação. E podem fazê-lo até ao limite mensal do Indexante dos Apoios Sociais (480,43 euros este ano), salienta o semanário. Importa lembrar, no entanto, que a medida foi adotada numa altura em que a taxa de inflação era superior a 10%, estando atualmente – um ano depois – nos 2,1%. 

As poupanças para a reforma estarão a ser usadas para fazer face à escalada das taxas de juro e custo de vida, diz ainda o Jornal de Notícias. De acordo com a publicação, os portugueses resgataram 887,3 milhões de euros dos PPR nos primeiros nove meses deste ano, mais 312,5 milhões quando comparado com o período homólogo de 2022. Trata-se de um aumento de 54%, segundo dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Apesar dos dados não revelarem as razões para o aumento dos resgates, tudo aponta para que as poupanças estejam a ser utilizadas para dar resposta às dificuldades que as famílias enfrentam com o pagamento dos créditos habitação.

Fonte: Idealista News

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