Os apoios do Estado ao arrendamento jovem através do programa Porta 65 bateram recordes em 2020, ano marcado pela pandemia da Covid-19. Foram gastos, ao todo, 19,5 milhões de euros em ajudas no pagamento de rendas ao abrigo da iniciativa, um montante que iguala o anterior máximo, verificado em 2010. Ao todo, desde 2008, o Estado já despendeu com o programa Porta 65 jovem 185,7 milhões de euros.

Segundo o Jornal de Notícias, que se apoia em dados do Ministério das Infraestruturas e Habitação, mais de 11 mil jovens (e agregados familiares jovens) foram apoiados através do Porta 65 no ano passado, um número inferior aos 12.100 verificados em 2009.

A tutela adianta, citada pela publicação, que de 2013 (ano com menor execução) até 2020 a verba destinada ao Porta 65 Jovem aumentou cerca de 60%, sendo que nesse ano, em 2013, foram apoiados cerca de 7.500 jovens num investimento total de 11,7 milhões de euros.

O ano de 2013 foi, de resto, um dos mais “fracos” no que diz respeito ao número de jovens apoiados ao abrigo do programa, a par de 2016, por exemplo, quando só se apoiaram 7.167 candidaturas. 

As mudanças nas regras que o programa sofreu a partir de 2018 – até então só era acessível a pessoas com até 30 anos, mas o limite foi alargado para pessoas com até 35 anos (ou 37, no caso de ser um casal), e a duração do apoio foi também prolongada, de três para cinco anos – terão contribuído para que, desde então, o mesmo se tenha tornado mais apelativo. 

Citada pelo Jornal de Notícias, a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, referiu que “o Governo está a trabalhar para tornar este instrumento ainda mais eficaz”.