Taxa de juro no crédito à habitação cai em abril para novo mínimo histórico (desde janeiro de 2009)

Redução das taxas, bem como da prestação média mensal, pode estar associada às alterações decorrentes do regime de moratória.
21 mai 2020 min de leitura

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,947% em abril, inferior à verificada no mês anterior (0,998%) e no período homólogo (1,073%). De referir que esta é a taxa de juro mais baixa desde, pelo menos, janeiro de 2009 (5,798%). Em causa estão dados divulgados esta quarta-feira (20 de maio de 2020) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que refletem já o impacto da pademia do novo coronavírus.

“Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,891% (1,118% no período precedente). Recorde-se que as taxas de juro implícitas são obtidas por quociente entre juros pagos e capital em dívida. As reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória, estabelecido no Decreto-Lei nº10-J/2020. A moratória suspende, pelo prazo de seis meses, o pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com crédito à habitação”, revela o INE.

Segundo o instituto, para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto dos empréstimos para compra de casa, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 0,964% (-5,5 pontos base face a março). Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro fixou-se em 0,882%.

No que diz respeito ao valor médio da prestação vencida, e considerando a totalidade dos contratos, desceu 12 euros, para 237 euros. “Deste valor, 42 euros (18%) correspondem a pagamento de juros e 195 euros (82%) a capital amortizado”, conclui o INE, salientando que nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu para 272 euros.

Já o capital médio em dívida aumentou 46 euros em abril face ao mês anterior, fixando-se em 53.886 euros. “Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 107.887 euros, mais 1747 euros que em março”, lê-se na nota. 

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